Está perto do fim o período de afastamento de um dos nomes mais emblemáticos do futebol romeno atual. Mirel Radoi, um dos jogadores mais adorados pela fanática e exigente torcida do Steaua Bucuresti, está voltando aos treinos, depois de meses parado devido a uma lesão – e nos parece justo que o Bola Romena aproveite a oportunidade e faça um breve histórico desse grande e diferenciado ‘jucator’.
Mirel Radoi nasceu em 22 de março de 1980 na pequena cidade de Drobeta Turnu-Severin, condado de Mehedinţi, às margens do Danúbio. O ‘miljocas’ começou sua carreira profissional em 1999, defendendo o Extensiv Cravoia na sempre duríssima Liga II. Menos de um ano depois, o futebol aguerrido e viril do ‘jucator’ chamava a atenção do grande Steaua, que decidiu apostar no jovem atleta e ofereceu a Radoi a chance de arrebentar canelas e abrir supercílios alheios na ‘Divizia A’. O resultado foi uma verdadeira história de amor entre jogador e torcida, na medida em que é possível haver amor num ambiente sanguinário como o futebol romeno.
Versátil, Radoi é eficiente tanto no trato com a bola quanto na mutilação dos adversários, e desempenha com igual maestria tarefas de armação, marcação e extermínio. Não é há toa que já há seis anos defende o rubro-azul dos ‘militarii’, e muitos o consideram o melhor jogador romeno ainda atuando no país natal. E o ‘miljocas’ não é exemplo só no campo de batalha futebolístico: comprometido com as cores do seu panteão, Radoi já recusou várias propostas de outras ‘echipa’, disposto a permanecer o máximo de tempo possível no clube que aprendeu a amar – na medida do possível, óbvio. Em um incidente que ficou famoso, diz-se que recusou proposta de 11 milhões de euros do Portsmouth inglês, no que seria a maior negociação da história do futebol romeno, preferindo os gritos de incentivo dos torcedores bucurestinos e o cheiro de sangue e morte das arenas romenas. Há quem diga que na verdade nunca houve proposta alguma e que a direção do Steaua inventou tudo para valorizar o atleta, mas essas insinuações maldosas preferimos ignorar.
O atleta é idolatrado pela torcida local, que o vê como um talismã, e sua importância no atual plantel do Steaua é tamanha que diz-se que os dirigentes chegam a consultá-lo quando da contratação de membros da comissão técnica. Dotado de personalidade forte, o cidadão chegou a abandonar a concentração da seleção em 2005, revoltado com as condições de trabalho oferecidas pela Federação Romena, logo antes de jogo decisivo contra a Holanda. Depois de esfriar a cabeça, pediu desculpas públicas pelo desatino, e foi perdoado pelo técnico Victor Piturca, voltando a ser convocado a partir de fevereiro de 2006, em amistoso contra o Chipre.
No entanto, durante a pré-temporada de 2006-2007, Radoi sofreu uma grave lesão no joelho e foi submetido a uma cirurgia de menisco, enchendo de tristeza os fanáticos ‘militarii’ e todos os apreciadores do futebol romeno aguerrido e bem batalhado. Depois de meses de ausência, Mirel Radoi está quase recuperado, e deve voltar aos treinos na metade de outubro. Cautelosos, os membros da equipe médica do Steaua preferem não dar prazos para o retorno do ‘miljocas’ aos gramados, embora haja quem diga que o grande retorno do guerreiro se dará dia 1° de novembro, em partida pela Liga dos Campeões contra o Real Madrid, em pleno Sanitago Bernabeu. Seja como for, o Bola Romena fica na torcida pelo retorno do grande Mirel Radoi – afinal, são atletas como ele que fazem a glória do esporte romeno e enchem de satisfação seus admiradores.
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Un comentariu:
De fato. Aliás, leitores do Bola Romena: aguardem perfil detalhadíssimo do grande Marius Lacatus, o Renato Portaluppi romeno. Para breve, muito breve.
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