Prima medalie pentru România

Correspondente Bola Romena direto de Beijing, China

Alina sentiu o gosto do sangue

Saiu a primeira Aur Medalie para a Romania. E nossa heroína é Alina Alexandra Dumitru, uma garbosa jovem de 25 anos, de Ploieşti, muito bem tratada a leite de cabras desde tenra idade. Ela conquistou o aurul olimpic no judô, categoria até 48 kg.

No caminho desta histórica conquista, Alina deixou estirados pelos tatames orientais quatro corpos. A primeira a sentir os graciosos golpes mortais de nossa musa foi uma húngara, Eva Csernoviczki, que agora deve ter aprendido a não se meter a fazer piadinhas com o valoroso povo romeno. Depois foi a vez da sul-coreana Kim Yong-Ram e da japonesa Ryoko Tany (não juntas, ainda que mesmo assim não seriam páreo para Alina). Importante ressaltar que Ryoko é uma bicampeã olímpica e heptacampeã mundial.

Na final, vitória por ippon sobre a cubana Yanet Bermoy, Alina no topo do pódio, bandeira romena hasteada e nosso belo hino arrancando lágrimas furiosas da platéia. Amanhã, Alina será recepcionada por Ploieşti em festa e feriado oficial sem data para acabar. Mais uma alegria proporcionada pelas nossas meninas romenas, que só não tem seus rijos seios mais adornados com medalhas douradas pelo fato de, infelizmente, briga de bar e luta de mulheres no gel não serem reconhecidas como esportes olímpicos. Ainda.

Handbal

Mais um belo desempenho das nossas meninas. A equipe feminina romena de handbal lidera o Gruppo A após duas vitórias. Primeiro, uma surra sobre o Kazahstan: 31 a 19. Depois, impusemos uma derrota humilhante sobre as donas da casa: România 34, China 20. A România, melhor ataque, pega agora a Franţa, melhor defesa, no dia 13. O Bola Romena segue na torcida, esperando muitas unhadas, puxões de cabelo e dedos no olho.

Demais esportes

A România, cada vez mais perseguida pelo ocidente, mandou nesta olimpíada a menor delegação desde a Revolução de 1989. Seriam 104 ao invés dos atuais 102 atletas, se dois dos nossos melhores espécimes não tivessem sido pegos pelo maldito antidopping. De qualquer maneira, temos grandes chances de quebrar recordes e alguns dentes nas nossas especialidades: Judô, boxe, luta greco-romana, esgrima, ginástica, levantamento de peso e tiro, além dos outros esportes que não permitem agressões e intimidações de bastidores.

E o Bola Romena seguirá acompanhando tudo de perto, aqui da bela e brejeira Beijing, a capital da China (conhecida mundialmente por sua milenar cultura, pelo trabalho escravo de suas crianças e por não ter fuzilado seus dirigentes comunistas no final da década de 1980), assistindo ao vivo a todas as competições que conseguirmos pular o muro ou subornar o vigia.

Hai, România!